CAMPINAS TAMBÉM É BRASIL

 

 

 

     O País está em convulsão há duas semanas. E pretendia-se que assim ele permanecesse pelo menos até o dia 26, quando da votação da PEC 37 – votação que o Vice-Presidente e Presidente interino da Câmara dos Deputados, do PT-PR, defendeu que fosse adiada para o 2º semestre. No dia 27, permanecerá esta ou, à falta desta, aparecerá outra razão qualquer para que o País continue em convulsão: a Copa, a punição dos responsáveis pelo Mensalão, o estado das Escolas e dos serviços de saúde, a falta disso ou daquilo… a corrupção…

 

    E um vídeo – http://www.youtube.com/watch?v=v5iSn76I2xs – corre na “rede social”. Nele, não alguém de cara limpa, com nome, endereço, telefone e CPF, mas uma sorridente máscara com bigodes de Salvador Dalí e uma pera mais ridícula ainda no queixo nos diz que “temos que saber por onde começar um novo Brasil”. Para que isso se faça, são levantadas cinco “causas diretas e sem polêmicas de cunho religioso ou ideológico, sem bandeiras partidárias ou subjetividades… causas de cunho moral que são unanimemente aceitas” e mobilizarão muita gente a fazer protestos. O vídeo termina com um verso do Hino Nacional: “verás que um filho teu não foge à luta”.

 

    Somos hoje informados, porém, de que “o MPL não vai convocar novas manifestações”. Isso porque “houve [“houve”, não mais] uma hostilidade com relação a outros partidos por parte de manifestantes, e esses outros partidos estavam desde o início compondo a luta contra o aumento e pela revogação”. Mas não só por isso:“Nos últimos atos pudemos ver pessoas pedindo a redução da maioridade penal e outras questões que consideramos conservadoras. Por isso suspendemos as convocações”, afirmou o líder Douglas Beloni. (noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/06/21/apos-hostilidade-a-partidos-e-pauta-conservadora-mpl-nao-convocara-mais-atos.htm)

 

    E Rousseff foi à televisão falar às massas. E disse o que disse.

 

    Alguns amigos meus, reais e virtuais, andaram zangados comigo, preferindo fazer de conta que não me conhecem… se lhes desse bom dia olhavam para o outro lado. É porque não me mostrei, nem um pouco, entusiasmada com as democráticas manifestações que se fazem em nossas ruas e com a projeção do resultado delas. Pelo contrário, estou com as minhas barbas inteiras de molho. Mas escutei Boechat me dizendo que não estaria proibida “de fazer alguma coisa que minha consciência não me proíba primeiro”. O que quer dizer que não estarei proibida de fazer o que minha consciência me ordene. E venho mostrando por que estou com as barbas de molho. Mas, em vez de ficar só cutucando quem está muito animado com essa festa toda, o que não nos leva a lugar algum, vou tentar agora explicar mais explicadinho qual, na minha avaliação, é o erro de perspectiva que os “revolucionários” de classe média A, B, C, D, F … Z  parecem não perceber quando somam, um a um, seus 20 centavos de plena razão para protestar.

 

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    O Movimento Passe Livre foi definido por seus criadores em 2005, em “documento aprovado em paralelo ao 5º Fórum Social Mundial”, como “apartidário, mas não antipartidário“. Mas o Movimento Passe Livre apoia “movimentos revolucionários que contestam a ordem vigente“. Então, o que ele pretende não é exatamente impor prioridades a quaisquer Governos, alterar suas decisões ou trocar de Governo – é alterar a ordem vigente.

 

    Nas ruas, até agora, no meio do tumulto em que não há qualquer unanimidade, encontramos gente de diferentes tendências, inclusive partidárias. E encontramos vândalos e cretinos absolutamente sem noção de coisa alguma – que são caso de Polícia ou de Psiquiatria, não de qualquer consideração política; mas não é absurdo algum considerar que possam estar prestando serviços a alguém a troco de uma cerveja. Encontramos também os libertários por convicção, que não emprestam valor algum à idéia de Pátria ou de Nação – são, portanto, internacionalistas por convicção – e têm muita fé em que, algum dia, ninguém mandará em ninguém. Se “o Brasil” se espreguiçou ou não, pouco lhes importa. E encontramos os que não são cretinos nem são vândalos e que, em um recurso livre, eu chamaria de “anarquistas-graças-a-deus” (sem que se exija muita fidelidade ao livrinho de Gattai, só porque o nome é bonitinho e encerra um paradoxo que vem a calhar), tenham ou não tenham fé no sobrenatural sob qualquer definição. São anarquistas “de orelha”, não “de coração”. Entre estes últimos, poderemos encontrar alguns liberais radicais, que também não emprestam valor algum à idéia de Pátria ou de Nação – são, portanto, internacionalistas por convicção – e têm muita fé em que, algum dia, alguma organização que demonstre extrema competência mandará em todo mundo. De preferência, que seja uma que esteja bem próxima a eles mesmos. E, se “o Brasil” se espreguiçou ou não, pouco lhes importará também.

 

    Exceto o primeiro, os demais “grupos” – que não são exatamente grupos sociais, mas vários indivíduos que compartilham alguns desgostos e algumas expectativas, não todas as idéias que têm do mundo – seriam, em tese, “anti-autoridade” (até prova em contrário ser flagrada na prática). E gostariam de eliminar a hierarquia que não seja “livremente aceita”, “substituir o privilégio e a autoridade do Estado” pela “livre e espontânea organização do trabalho” e de outros quefazeres mais. Todos, de um jeito ou de outro, acreditam na “ação direta” (em que é preciso prescindir de qualquer intermediário entre o indivíduo defensor da liberdade e seu objetivo) e acreditam na “propaganda pela ação” (“um ato insurrecional … pode penetrar até as camadas sociais mais profundas e atrair as forças vivas da Humanidade para a luta…” – Cafiero & Malatesta – 1876) e delas se valem quando e o quanto podem. Mas eles só se confundem nas manifestações coletivas.

 

    Nessas manifestações, libertários convictos e taciturnos, respaldados pela “legitimidade dos protestos” (ou seja, pelo pressuposto de que protestar é exercer a liberdade de expressão e manifestação de acordo com a lei), não se limitam a uma “desobediência civil” pacífica, mas partem para o que é chamado de ação direta violenta contra o Estado (que inclui embates físicos, saques, boicotes, sabotagens, greves gerais com piquetes, apedrejamento de prédios e pessoas etc. – o que se traduz, no frigir dos ovos, em vandalismo. Então, somam-se aos vândalos e aos cretinos).

 

    Os “anarquistas-graças-a-deus” são gente boa, alegre, da paz, que não gosta de violência nem de pagar impostos, confunde Estado com Governo, acha possível que o indivíduo e o povo se tornem responsáveis mútua e espontaneamente, sem qualquer coerção, gente que cola, dependura e até tatua na pele o símbolo do Anarquismo entre outros desenhos e frases de efeito, e só quer caminhar, dar milho aos pombos, tomar um picolé, oferecer flores a todos, inclusive à Polícia, voltar pra casa, cantar o “Imagine” do Lennon embaixo do chuveiro, tomar uma sopinha quente e assistir a um bom filme. Indo às ruas e fazendo barulho, crê estar “combatendo a incompetência, a corrupção e a impunidade” do Governo que se instalou no Estado e “lutando por um Brasil melhor”. Mas, em geral, não tem a mais mínima idéia do que seja um Estado, nem a de para que serve ele ou porque existe, idéia essa que até justificaria que essa gente, se a tivesse, fosse contra ou a favor dele – e talvez seja o caso de editar-se (com honestidade, por favor!) rapidamente um “que é Estado?” em quadrinhos, assim como “O Capital” foi publicado, para favorecer-lhe um mínimo básico de compreensão necessária para que possa pretender, além de festa, fazer Política.

 

    Todos, porém, já deveriam ter, pelo menos, compreendido que quem vê cara não vê coração, e que ação direta é ação direta – violenta ou não violenta, não será outra coisa senão ação direta. Será tumulto. E que a propaganda pela ação, dependendo de seu porte, poderá ser o mais eficaz caminho não em direção à liberdade, mas a que se imponha ao Estado o pior e o mais autocrático e corrupto Governo, que poderá até ser de direita, mas não necessariamente de direita será – poderá ser (e em geral é) de esquerda confessa. Assim a História nos diz. E isso ocorre porque quem produz tumulto só produz tumulto e nada mais. E porque ninguém, que esteja atarefado de responsabilidades e/ou tenha uma expectativa de mínimo bem-estar, agüenta tanto tumulto voluntariamente por mais de cinco minutos. Só quem nada tem a fazer. Assim sempre foi e assim sempre será.

 

    No movimento atual, só existe um único ponto de convergência – a convicção de que nossos Governos (federal e estaduais) atuais são ruins. Eles são ruins? Não. Não mesmo. São péssimos! Mas não apenas estes Governos são péssimos como estamos à mercê de péssimos Governos desde que manifestações coletivas exigiram “diretas já”. Quando “o povo brasileiro” foi às ruas exigir “diretas já” ele estava dormindo? Agora acordou? Só agora? E “diretas já” foram exigidas para quê? Para eleger Governos livremente. E “o povo brasileiro” elegeu livremente todos os últimos Governos. Não elegeu bons Governos por quê?  

 

    O protesto chamado para que houvesse redução no preço do transporte público foi feito. E o pretendido foi obtido. É evidente que o preço do transporte público não é o único problema que o País enfrenta. Mas, quem fosse bem intencionado deveria procurar, pelo menos a partir de agora, discutir esse e os demais problemas gordos nacionais e oferecer-lhes alguma solução. Quem fosse esperto procuraria agora se organizar, não em torno de nomes, mas em torno de idéias, e usar o espaço aberto pelas manifestações de inconformidade para divulgá-las e discuti-las. Quem tem idéias? Quem quer ter idéias? Quem quer discuti-las? Alguém tem alguma idéia a discutir ou basta-nos que nas ruas esteja “o povo brasileiro” a protestar?

 

    Rousseff até pode ser “incompetenta”, mas Lula e Dirceu são bastante espertos, o PT incompetente não é, tanto assim que chegou ao poder, e a pressão para a entrada triunfal desse Partido em cena – “para não deixar que a Direita e a Globo tomem conta” do movimento – não me deixa mentir. Muito menos incompetente é o marqueteiro que ditou o discurso feito ainda agora por Rousseff na TV. Que faria o PT em um movimento que começa a caracterizar-se por ser contra o Governo federal, ou seja, contra o PT?

 

    Bem, se ainda haverá Movimento Passe-Livre ou não e se o PT estará presente ou não nas ruas, nesse movimento ou não, ainda não sabemos, pois isso depende da direção do MPL e da direção do Partido, que é disciplinado. Mas já nos havia sido dito que “O Movimento pelo Passe Livre procurou o MST para ajudar na manifestação de amanhã [21/06], para evitar os vândalos e o desvirtuamento. O MST topou ajudar.” (www.conversaafiada.com.br/brasil/2013/06/20/– texto de Ruy Falcão ilustrado com uma montagem fotográfica que exibe uma faixa: “Estudantes de 2013 fazem como fizeram os estudantes de 1964 !!! Também são usados na marcha com Deus e a família pela democracia!!!!”).

 

    O certo é que quem não é muito esperto e/ou não é muito bem intencionado continuou hoje nas ruas. E sempre encontrará um bom motivo ou um bom pretexto para não deixar esmorecer a violência. E um bom pretexto será bom pretexto para qualquer coisa. Inclusive para o Governo.

 

    Quem, não sendo vândalo nem cretino, decidir permanecer nas ruas, para engrossar o movimento que lá está, deverá considerar ainda que pode ser… pode ser… que “o povo brasileiro” representado pelas lideranças do “MPL”, auxiliadas pelas do “MST” e outras lideranças mais, tivesse alguma remota intenção de tomar as Casas Legislativas e demais próprios públicos, e se auto-intitular responsável por uma “gestão democrático-popular” de fato – por isso tentou invadi-los. Com o que provocaria a intervenção da Força de Segurança Nacional e, talvez, das FFAA. Que não são sopa. O Itamaraty, ontem, chamou os Fuzileiros para garantir a integridade do prédio. De faz de conta ou de verdade, caso isso se repita com outra Instituição estatal, ouviremos, imediatamente, a “voz rouca das ruas” de Paris, de Londres, de Madri, de Nova Iorque, de Caracas, de Istambul etc. etc. etc. em apoio a “o povo brasileiro”. E um mar de organizações não governamentais, a partir do comando já dado pela ONU, a exigir do Governo a apuração da responsabilidade dos agentes do Estado nas infrações aos Direitos Humanos e sua punição. Que virão. 

 

    Deu para entender como as coisas estão se avolumando e se alinhavando? Ou ainda não?

    Se os pacíficos “anarquistas-graças-a-deus” continuarem nas ruas se manifestando em ladainhas a qualquer “santo” que lhes apareça e prometa milagres, tal como o Movimento do Passe-Livre, sem saber quando delas poderão sair porque não sabem qual seria a solução a dar para tantos problemas, acreditando que essa solução de daria por encanto com o impeachment de Rousseff, ou com a eleição de Barbosa ou outro nome presumidamente íntegro qualquer, ou querendo apenas que o Estado se encolha à sua insignificância, ou apostando em que o movimento, com exclusividade, seja o Estado ele mesmo ou o possa substituir, é porque estão considerando cômodo, agradável e divertido servir como massa de manobra e bucha de canhão aos anarquistas por convicção… aos petistas… às lideranças dos demais Partidos nacionais… às organizações internacionais… à Rede Globo… ao interesse dos Estados e do capital estrangeiros… ao Governo atual…  

 

    Tudo bem. A máscara mudou, mas faz um bocado de tempo que muita gente aceita ir às ruas fantasiada de palhaço. Se “a voz do povo é a voz de Deus”, como muitos “anarquistas-graças-a-deus” e outros tantos acreditam, “a alegria do palhaço é ver o circo pegar fogo”. Quando o circo pegar fogo, quem estiver na arquibancada batendo palmas há de se queimar.

 

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    Seja o que for, como for, na verdade, posso até me ter excedido em considerações, mas juro que minha primeira intenção era estar aqui só para mostrar que Campinas também é Brasil… e também é “cultura nacional”. O que pode ser conferido logo abaixo. Considere-se que a redução do preço do transporte em Campinas – que estava fixado, há meses, em R$3,30 – foi anunciada antes da manifestação começar nas ruas da cidade. Essa redução não foi de 20 centavos – foi de 30 centavos. Como quem paga a condução de minha funcionária sou eu, devo confessar: até que gostei…

 

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CORREIO POPULAR

– 20/06/2013 – 19h08

Tropa de choque e manifestantes entram em confronto

Agressores estavam com sacolas com bombas, demonstrando que estavam preparados para o confronto  A situação na Prefeitura de Campinas está cada vez mais tensa, com um confronto entre manifestantes e a Tropa de Choque da PM. Mais de 50 pessoas, que estão com rostos cobertos com camisetas ou máscaras, jogam rojões e pedras contra policiais.

Esses agressores estavam com sacolas com bombas, demonstrando que estavam preparados para o confronto. Eles já haviam se desentendido com outros participantes da manifestação, que querem um ato pacífico. A polícia revida com bombas de gás e atira com balas de borracha.

Outros participantes da passeata, que não querem violência, estão subindo a Benjamin Constant em direção à Glicério.

 

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– 20/06/2013 – 19h34

Grupo quebra radares e semáforos no Centro de Campinas

Após os confrontos nas escadarias da Prefeitura, grupo quebrou radares e semáforos na Anchieta

Durante os confrontos que ocorreram na frente da Prefeitura de Campinas, um grupo destruiu um radar e outro está sendo derrubado. Eles também estão tentando destruir um semáforo para pedestres. Um ponto de ônibus foi incendiado na frente da Prefeitura.

 

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20/06/2013 – 19h47

Ônibus são depredados na Amoreiras e João Jorge

Grupo destruiu cinco ônibus durante o protesto: muitos manifestantes estão indo embora.

Cinco ônibus foram depredados por grupos mais exaltados de manifestantes. Os ataques ocorreram nas avenidas João Jorge e no corredor das Amoreiras. Quatro ônibus convencionais e um articulado tiveram os vidros quebrados ou arrancados e foram recolhidos para as garagens.

 

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– 20/06/2013 – 20h08

Minimercado Extra é saqueado por vândalos

Tropa de choque se direciona aos vândalos e tenta restabelecer a ordem em frente à Prefeitura

Vândalos invadiram e saquearam o minimercado Extra, que fica na Avenida Anchieta no Centro de Campinas, na noite desta quinta-feira (20). O saque ocorre em meio as manifestações violentas que acarretaram na tentativa de invasão da Prefeitura, que fica na mesma via. Até carrinhos do supermercado foram levados.  Uma loja de noivas e todos os pontos de ônibus que ficam próximos ao Palácio de Jequitibás também sofreram vandalismos.  Uma placa foi derrubada e pedaços de ferros estão sendo usados como arma.  A tropa de choque se direciona ao grupo de vândalos e tenta restabelecer a ordem em frente à Prefeitura.

Com informações do repórter Fábio Gallacci, da ANN

 

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Vândalos vão para praça e fazem barricada com fogo

Vândalos fazem uma praça de guerra no Centro e em parte do Cambuí na noite desta quinta-feira

20/06/2013 – 21h43

Vândalos fazem uma praça de guerra no Centro e em parte do Cambuí na noite desta quinta-feira (20) em Campinas. A cavalaria da Polícia Militar desceu por volta das 21h45 a Avenida Benjamin Constant, no Centro, em direção à Avenida Anchieta (onde está localizada a Prefeitura). Na Rua Boaventura do Amaral, próximo à Praça Carlos Gomes, que está destruída, os vândalos fizeram uma barricada com fogo para tentar manter a polícia distante. O helicóptero Águia da PM está sobrevoando o local. Na rua General Osório há quebra-quebra e corre-corre.

Com informações da repórter Cecilia Polycarpo, da AAN 

 

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– 20/06/2013 – 22h03

Tropa de choque e cavalaria se encontram contra vândalos

Policiais vão em direção ao grupo que segue aterrorizando o Centro de Campinas no final desta noite 

A Tropa de Choque e a Cavalaria da Polícia Militar encontraram-se e avançam agora, às 22h03, na Avenida Anchieta, em direção ao grupo de vândalos que segue aterrorizando o Centro de Campinas nesta quinta-feira (20).

A manifestação, que começou pacífica, e que alcançou a quantia de 40 mil pessoas, segundo informações da Polícia Militar, está agora com cerca de duas mil. 

Com informações da repórter Cecilia Polycarpo, da AAN 

               

  

 

 

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